Passagem de ano


Dei entrada a este novo ano em Monte Gordo, com a companhia da tia Maya, mais pirosa e tia que nunca.
O que valeu foi a música, os cubanos tocaram que se fartaram e aquilo é que foi bailar e abanar.
A janta foi no Taj Mahal, e como o nome indica, foram sabores das índias que terminaram o ano ... ainda hoje dia 1, ando a arrotar a caril e pimentos.
Não choveu (ainda bem), mas estava um frio ... principalmente á 4 da manhã em Tavira ... congelei toda ...
E deu-se inicio a mais um ano ... espero que melhor que o passado.
Bom ano de 2010 para todos.

Chuva

Eh pá, já chega ...
Chiça, tudo bem que pedi frio e chuva á uns tempos atrás ... mas é preciso o Pai Natal ser tão generoso comigo???
Não pára de chover á 15 dias, e aqui o sul não está preparado para tanta água ... a terra já não absorve mais nada, os rios estão cheios e até já nasceram riozinhos novos; está tudo entupido e há água por todo o lado, as palmeiras estão feitas em fanicos por causa dos ventos fortes .... placas caídas ... caos!!!
Já o outro dizia " não há fome que não dê em fartura".
Portanto, se o Pai Natal foi tão generoso comigo com a chuva ... hummm.... agora se ainda for a tempo quero ganhar dinheiro ... please ...

Arrombamento

Depois de tanto tempo desaparecida, hoje não resisti e tive de vir aqui dar noticias.
E como o sono não chega ... aproveito para contar mais uma das minhas aventuras ( que só a mim acontecem).

No fim de mais um dia cansativo de trabalho, regressava eu a casa já eram 23:00, meto a chave na fechadura, uma volta e fiquei com o canhão e a chave na mão !! Lindo !!
Tentei voltar a meter o canhão e pensar com muita força que isto não me estava a acontecer ... mas estava mesmo.
Ainda me atirei á porta umas quantas vezes, mas em vão, nem abanava.

Neurónios a funcionar ... solução: entrar pela varanda e tentar as portas de vidro e em último caso partir um vidro.
Pulei a varanda, esfolei-me toda, tentei abrir as portas e nada ... tudo trancado. Pulei para a outra varanda e a situação começou a entrar no desespero...
Voltei á 1ªvaranda e parti para a violência, mas a merda do vidro não partia ...
Começo então a ouvir os meus vizinhos de cima á varanda aos gritos( em inglês), que eu não estava em casa e que estavam a tentar partir os vidros...
Para eles se acalmarem apareci á varanda, e liguei para uma amiga para comunicar a situação e ver se os vizinhos me viam e acalmavam ...
Acabei a explicar a toda a gente o que se estava a passar, ao telefone em português ao mesmo tempo ia explicando também em inglês á vizinha de cima ...

Apareceram-me logo os camones e robe na rua e prontos para ajudar... lindo!!!
Agora aqui é que a situação fugiu do meu controle ... o filho da vizinha em robe e chinelos(sem pijama), com os seus bem pesados 150 Kg a tentar subir para a minha varanda ... eu só me ria ( não tanto quanto me apetecia) e tentava ajuda-lo a subir e só pensava "espero que tenha cuecas vestidas" ... lá conseguiu pular a varanda ao fim de um bom bocado ... mas também não queriam que eu partisse o vidro. Já me falavam que tinham cama pra mim e que eu passava lá a noite e de manhã resolvia o problema ... e eu pronta para atirar um vaso ao vidro (desespero).

De repente lembrei-me da janela da cozinha ( podia não estar trancada) e bingo, a camone empurrou e ela cedeu.
Lá desci a varanda, ajudei o rapaz a sair e vim com umas cadeiras para ajudar.
Ela foi buscar chaves de fenda, o filho lá consegui desmontar a janela e eu pulei cá para dentro e abri a porta .

Isto resumindo, pois foi 1:30h de trabalhos ... estou toda partida, com uns valentes arranhões e nódoas negras.
Agora devo umas garrafas de vinho e uns chocolates aos vizinhos ingleses.
E a porra dos vidros, apesar de tanta martelada não partiram .

E foi mais uma aventura a sul, e não sei o que se passa comigo, podia ter ficado histérica ou desatar a chorar ... mas não... penso que é só mais um problema a resolver ,que podia ser pior ... e depois dá-me ataques de riso e só penso em parvoíces.

Amanhã é um novo dia ... vamos ver o que me reserva.